Nessa semana meu Blog completou um ano, e só fiquei sabendo porque o próprio WordPress me lembrou.
Então, é preciso comemorar, pois mesmo que minha frequência de postagem não seja tão boa, eu não desisti dele e muitas coisas boas surgiram a partir dele.
Eu estava lendo o texto que escrevi quando o criei e lembrei que o fiz porque queria me dedicar a algo valioso na Quaresma do ano passado; enquanto esperava o nascimento da minha pequena; queria ajudar as pessoas e achava que tinha encontrado minha vocação: ser mãe!
Bom, eu estava certa. Ser mãe é minha vocação. É meu dever e minha alegria. É o que jamais deixarei de ser. Uma vez mãe, sempre mãe, não é mesmo?
Depois que a Kimberly nasceu eu aprendi muita coisa sobre partos, sobre a gestação, cuidados com a mãe e bebê, e conheci muitas histórias bonitas. E com a graça de Deus, conheci mães Católicas como eu. Acredite ou não, através do Facebook.
E aprendi é claro a ser mais forte!
Mas, deixarei para falar disso quando a Kimberly completar seu primeiro aninho. Logo, logo.
E para comemorar este primeiro ano de Blog, vim falar sobre quem me ensinou a ser mãe.
Quando minha filha tinha apenas alguns dias de vida, ela chorava muito e eu não sabia o que fazer. A fralda estava limpa, a barriga estava cheia, a roupa não era apertada e nem quente demais, estava tudo certo, segundo o “manual do bebê” que a vida preparou. Mesmo assim, ela chorava…e em uma manhã, já exausta, eu perguntei a mim mesma em pensamento: por que você não para de chorar?
Confesso que estava a ponto de perder a paciência…mas eu olhei para ela tão pequena, tão indefesa, ainda estranhando o mundo aqui fora e me lembrei, primeiramente, das dores do parto e da alegria que foi quando vi seu rostinho doce pela primeira vez. Isso me acalmou e fez minha consciência pesar. Como eu pude pensar em perder a paciência com esse anjo que só tem a mim neste momento? Eu, sua mãe. A única pessoa da qual ela conhece o cheiro e a voz. A única pessoa que a alimentava, aquela que possuía o colo mais gostoso do mundo.
Eu contei os dias para tê-la comigo, eu sonhei inúmeras vezes com ela (em nenhum sonho era tão perfeita), preparei o chá de bebê com carinho, fiz minhas orações diariamente, cumpri minha Novena religiosamente bem, sabia que ela era um presente de Deus. E ainda assim, passou pela minha cabeça que eu poderia me zangar com ela…
Eu me arrependo por ter pensado em perder a paciência e prometi a mim mesma naquele dia que não deixaria que aquilo acontecesse de novo. Nem em pensamento e muito menos em ato.
Depois disso, eu caminhava feliz durante as madrugadas, cantava com ela no meu colo, ouvia seu choro e pedia a Deus para que a acalmasse.
Certo dia ela chorou tanto a noite, mesmo depois de pedir a Deus e correr para Nossa Senhora, que eu simplesmente a abracei…e chorei junto…
Cheguei a dizer a Maria Santíssima: ela é consagrada a Vós, por favor, ajude-nos!!! Tu também és responsável por ela.
Talvez Deus quisesse que eu chorasse um pouco…para lembrar que aquele tesouro era precioso demais e que eu não poderia me esquecer nunca do quanto ele foi esperado. Ele devia estar me dizendo que o choro dela era a única maneira que ela tinha de dizer que ainda estava com saudades de quando éramos só eu e ela, bem grudadinhas. Lembrando que ser mãe é doce, mas difícil. Ele dizia: muito lhe foi dado, portanto já sabes…muito lhe será cobrado.
Deus tinha me dado o melhor presente da minha vida e eu devo me lembrar disso diariamente.
A Kimberly está com 8 meses e já testou muito minha paciência, mas eu nunca bati nela, nem aqueles tapinhas na mão.
Eu não grito e nunca gritarei. E sabe o que eu faço quando a paciência já esta acabando?
Lembro do rostinho dela em cima do meu peito quando nasceu…lembro de que o melhor momento da minha vida só existiu por que ela estava lá.
Podem estar pensando: caramba, tanta paciência assim vai estragar a menina! Ou, de onde vem essa calma?
Respondo que paciência não estraga.
Quando eu precisar ser dura, eu serei. Mas, esse momento ainda não chegou.
E de onde vem essa calma?
Da minha mãe!
Minha mãe me disse milhares de vezes, durante toda a minha vida: TEM QUE TER PACIÊNCIA! Esse é o segredo.
E eu sei que posso ser paciente porque ela foi paciente comigo e com meus irmãos.
E cá entre nós, somos “boa gente”. Rs
Aprendi muito com a Mãe de Deus, mas antes de conhecê-la, eu tive a graça de ter uma boa mãe.
Mamãe, obrigada por ter tido tanta paciência, tanta ternura, tanto amor. Sendo sua filha eu aprendi a ser mãe. Se a senhora conseguiu, eu também conseguirei!
Eu sou paciente com minha filha, porque eu vi minha mãe sendo paciente comigo.
Penso que se eu não tivesse visto ela, não acreditaria que seria capaz de ser uma mãe assim.
Guarde os gritos e as palmadas e só use-os se for realmente necessário. Caso contrário, dói no bebê, dói em você e todos chorarão mais.
Compreenda seu filho, porque ele ainda não compreende você e o mundo.
Espero que minha experiência ajude vocês.
Que Deus abençoe a todos!
Ah! Mamãe, te amo.